Crianças, Cuidado!

Crianças, Cuidado!
Amor de mãe, amor de irmãos

sábado, 8 de junho de 2013

NEM A MARY POPPINS – continuação


Esses dias fui rever o filme Mary Poppins... 
Havia esquecido que essa babá tinha uma característica bastante positiva, pelo menos para mim. Ela buscava integrar pais e filhos. Tanto é que no final do filme ela vai embora, digamos que, após de ter cumprido sua missão. Aparecia então o casal e seus filhos juntos brincando na praça.

Minha vontade sempre foi a de promover uma união da família: dos irmãos, mães e filhos, pais e filhos, mãe e pai. Fico angustiada quando vejo que certas babás não pensam nisso, pelo contrário, preferem tirar a criança da presença dos pais ou que esses se retirem o mais rápido possível para não atrapalhar. Em minha experiência com babás, percebi que queriam demonstrar a qualquer custo que davam conta do João só, que ele não chorava com elas, e pior, que chorava quando me via. Por vezes ainda diziam: “Estava tudo tão bem antes de você aparecer”.

É preciso compreender o choro das crianças, em especial das bem pequenas que ainda não falam. Esse chorinho do João começava com certa felicidade em me ver, passava por um: “mamãe vem brincar comigo, me dá carinho” e terminava em raiva após a babá tê-lo pego no colo e tentado distraí-lo com outra coisa, sem levar em consideração minha aproximação. Penso que ela poderia ter outra atitude. Poderia ter ficado alegre junto com João e falado: “Olha quem vem lá! A mamãe”. E assim nos divertirmos todos juntos.

Mas entendo também que a culpa não é só das babás. O contexto de muitas famílias pede essa atitude delas. Mães e pais precisam sair cedo para trabalhar. As babás realmente precisam dar conta do recado sozinhas.  

Tendo em vista essa situação resolvi agir mais e reclamar menos. Busco cada vez mais ter uma boa relação com as babás que cuidam dos coleguinhas do João. É verdade, não adianta só reclamar, é necessário fazer algo para construir um mundo melhor. Cada vez mais o meu ‘mundo melhor’ gira em torno das crianças, dos cuidados e criação que damos a elas.

Cumprimento crianças, babás, mamães, papais, vovôs e até os cachorrinhos que passeiam pela quadra. Sei o nome muitos. Ainda tenho muito que decorar. A ideia é conversar e brincar com as crianças. Quebrar o gelo dos adultos. Por todo mundo nesse barco de aventuras e diálogo.

Como em outros contextos de relacionamento humano existe a empatia, a implicação, etc. Algumas babás gostam de mim, outras nem tanto. Não quero ser invasiva, procuro interagir de maneira adequada. O cuidar do meu filho também passa pelo cuidar do filho do outro. E, como muitos são cuidados por babás, é necessário tratar bem, aprender e interagir com elas. Estou me realizando assim.

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