Esses dias fui
rever o filme Mary Poppins...
Havia esquecido
que essa babá tinha uma característica bastante positiva, pelo menos para mim.
Ela buscava integrar pais e filhos. Tanto é que no final do filme ela vai
embora, digamos que, após de ter cumprido sua missão. Aparecia então o casal e
seus filhos juntos brincando na praça.
Minha vontade
sempre foi a de promover uma união da família: dos irmãos, mães e filhos, pais
e filhos, mãe e pai. Fico angustiada quando vejo que certas babás não pensam
nisso, pelo contrário, preferem tirar a criança da presença dos pais ou que esses
se retirem o mais rápido possível para não atrapalhar. Em minha experiência com
babás, percebi que queriam demonstrar a qualquer custo que davam conta do João só, que ele não
chorava com elas, e pior, que chorava quando me via. Por vezes ainda diziam: “Estava
tudo tão bem antes de você aparecer”.
É preciso compreender
o choro das crianças, em especial das bem pequenas que ainda não falam. Esse chorinho
do João começava com certa felicidade em me ver, passava por um: “mamãe vem
brincar comigo, me dá carinho” e terminava em raiva após a babá tê-lo pego no
colo e tentado distraí-lo com outra coisa, sem levar em consideração minha aproximação.
Penso que ela poderia ter outra atitude. Poderia ter ficado alegre junto com João
e falado: “Olha quem vem lá! A mamãe”. E assim nos divertirmos todos juntos.
Mas entendo também
que a culpa não é só das babás. O contexto de muitas famílias pede essa atitude
delas. Mães e pais precisam sair cedo para trabalhar. As babás realmente
precisam dar conta do recado sozinhas.
Tendo em vista essa situação
resolvi agir mais e reclamar menos. Busco cada vez mais ter uma boa relação com
as babás que cuidam dos coleguinhas do João. É verdade, não adianta só
reclamar, é necessário fazer algo para construir um mundo melhor. Cada vez mais
o meu ‘mundo melhor’ gira em torno das crianças, dos cuidados e criação que
damos a elas.
Cumprimento crianças, babás,
mamães, papais, vovôs e até os cachorrinhos que passeiam pela quadra. Sei o
nome muitos. Ainda tenho muito que decorar. A ideia é conversar e brincar com
as crianças. Quebrar o gelo dos adultos. Por todo mundo nesse barco de
aventuras e diálogo.
Como em outros contextos de
relacionamento humano existe a empatia, a implicação, etc. Algumas babás gostam
de mim, outras nem tanto. Não quero ser invasiva, procuro interagir de maneira
adequada. O cuidar do meu filho também passa pelo cuidar do filho do outro. E,
como muitos são cuidados por babás, é necessário tratar bem, aprender e interagir
com elas. Estou me realizando assim.
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