Crianças, Cuidado!

Crianças, Cuidado!
Amor de mãe, amor de irmãos

terça-feira, 28 de maio de 2013

RELATANDO OS PARTOS


1º Parto
Período Expulsivo
Doula querida: “Flor, seu bebê precisa nascer agora!”.

2º Parto
Período Expulsivo
Doula querida: “Calma Flor! Vai devagar para não se machucar.”

3º Parto
Período Expulsivo
Parteira Querida (ex doula querida): "Segura seu bebê Flor, a cabeça já saiu"

Ainda vou fazer um relato de parto mais detalhado, mas por enquanto acho que esse post resume bem uma face da coisa...

Observações:
A expressão ‘doula querida’ foi copiada do blog: www.relatosdeumresguardo.blogspot.com.br/

Que é da minha colega Natália que também pariu com a mesma ‘doula querida’.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

DEUS NOS ABENÇOE



Há uns dias busco encontrar a agenda em que anotei uma frase que vem sondando meus pensamentos. Na verdade a lembrança de sua mensagem, já que não encontro a agenda e não lembro com precisão como era tal frase nem seu autor.

- Quanto maior a miséria do homem maior a Misericórdia de Deus. Onde há mais ódio e violência é onde também se manifesta (ou poderá se manifestar) com mais intensidade Seu imenso Amor. - Mais ou menos é essa a ideia da frase, que, pelas minhas lembranças diz respeito a algum escrito do Papa João Paulo II e com relação a diferentes assuntos, dentre eles a questão das guerras no mundo.

Enfim soa como um consolo. Me traz esperança.

Aqui em casa nossos conflitos conjugais são frequentes. Pequenas brigas e grandes discussões desgastam bastante. Ainda mais com dois bebês. Os pequenos não têm culpa alguma e acabam absorvendo aquele mal-estar.

Em alguns momentos procuro pensar que tenho três filhos, sendo o que dá mais trabalho, o mais velho (meu marido). Certamente Dani também tem suas queixas a minha pessoa. Sei delas e ele sabe das minhas. Somos jovens. Já temos dois filhos. Tudo muito rápido. Ainda imaturos.

Ontem, depois de uns dias tensos, cheios de desentendimentos entre nós Dani acorda falando que passou a noite pensando em uma coisa. Eu achando que ele iria dizer algo para tentar entender o porquê das nossas discussões e buscar uma reconciliação, ele manda: “Estou pensando em como vai ser o esquema tático do Barcelona agora com o Neymar.”.

Não sei se é pra rir ou pra chorar.

Sei que muitas vezes eu choro, engulo muito choro também. Fico aflita, triste, cansada, cheia de culpa. Penso nas crianças. Elas não precisariam presenciar os momentos de raiva. Procuro entender os motivos da manifestação de tanta raiva. Tem vezes que é desesperador. Acho que não vai mais dar... Tamanha nossa implicação um com o outro. Quanto mais tento perdoar, mais vejo que não consigo.

Mas, quando menos se espera (ou mais se espera) acontece uma inexplicável paz no coração.

Sim, é Deus. É sua graça, seu amor, sua misericórdia.

Consigo então enxergar as maravilhas que tenho vivido. Por vezes esqueço que cada respiração é um milagre. Esqueço de ser grata.

Então rio. Riso de felicidade, mesmo com tantas tribulações.

Como disse São Paulo (leitura da missa de ontem):

“... a tribulação gera a constância, a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança...” (Rm 5, 3-4)

Temos muito a crescer juntos. Com a graça de Deus. O casamento necessita dessa constância. E, como sempre se ouve falar... Deus não dá uma cruz maior que nossa capacidade de carregá-la.

Que Deus nos abençoe
Abençoe todas as famílias

Rezem por nós.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PAIS BABÕES VOLUME I



Tão raro quanto alguém que nunca cantou no banheiro são pais que nunca cantaram pro seu bebê. Invenções melódicas - com letra ou sem; motivos rítmicos ou mesmo uma canção de ninar já existente (adaptada com o nome do nosso bebê), tudo contribui para acalmar e divertir pais e crianças.

Eu sempre invento algo novo. Meu marido também. É gratificante ouvi-lo cantando e dando banho nos bebês. É uma felicidade! Às vezes sai cada besteira... Parece que quanto mais bobo mais divertido é cantar. Bebês fazem facilmente um adulto virar criança.

Um exemplo disso é o ‘SuperPai’ que o Daniel canta (e dança) sempre que consegue fazer um pequeno dormir. Digamos que seja uma paródia da música do desenho SuperWhy que passa no DiscoveryKids.

Outro bem bobão é o ‘Dim dom dirindimdom Dim dom doOm’, que eu inventei. Depois dessa frase vem: ‘sou uma gnoma linda dim dim diiim, 
muito muito linda dim dim dim dim dim.
uma gnoma uma gnoma uma gnoma sim’(bis) . 

Mas eu juro que a melodia é bem interessante (rs). De qualquer forma essa música vem salvando minhas madrugadas. Canto com a Cecília no colo e quicando na bola de pilates (no ritmo da música, claro). Me ajuda a ter paciência e ficar lá até Ceci pegar no sono novamente.

Tem também o nosso pout-pourri brega. Juntamos os rits.
'Eu quero katchup eu quero chá'; 
'oi,oi oi,'; 
Rebolation;
'Agora eu fiquei doce, feito caramelo, to tirando onda meu cabelo é amarelo'
Tudo com coreografia reinventada. Abaixo a foto do 'Eu quero katchup' que cantamos no niver de um ano do João.


ps: Quem vê, ou melhor ouve, não acredita que a mãe possa ter um discernimento musical adequado.

Estava pensando nessa nossa coleção de músicas que inventamos... Dava pra gravar um disco. Para algumas músicas caberia um arranjo instrumental mais elaborado, outras somente a voz crua e no fundo o chorinho do bebê que está sendo acalmado... ou o barulho da água do chuveiro. 

Acho que outros pais devem ter composições preciosas eheheh. Tenho curiosidade. Queria saber dos momentos em que cantam... Queria ouvir. Daí gravamos um CD com as melhores.

Quem mais se habilita?


sexta-feira, 17 de maio de 2013

NEM A MARY POPPINS



Durante algumas semanas antes e após o parto da Ceci precisei da ajuda de alguém para dar conta do João. Afinal, com um barrigão de nove meses, marido trabalhando o dia inteiro e filho mais velho (com um ano e um mês) correndo pra lá e pra cá, teria que arranjar algum jeito para me preparar e descansar para o parto (domiciliar) e pós-parto.

Optei por contratar uma babá a matricular João em período integral na escola. Nessas semanas, duas mulheres passaram pela nossa casa em momentos diferentes para realizar a função de babá, que, para mim, envolve questões bastante complexas.

Confesso que já tinha um pé atrás com ‘babás’. Primeiramente pelo fato de sempre ouvir minha mãe falar que nunca teve babá, que sempre cuidou de mim e da minha irmã sozinha, com ajuda de papai. Relatos de amigas contando dos maus tratos com seus bebês também contribuíram com as preocupações. Além disso, minha própria observação diária das atitudes e conversas de babás da vizinhança, e ainda das próprias babás que contratamos, fizeram que eu desenvolvesse uma percepção mais negativa que positiva de tal função.

Cansei de ver babás que não dão a atenção devida a criança por estarem ou penduradas no celular, ou conversando com as outras sobre assuntos particulares de suas vidas, ou mesmo paquerando o porteiro. Também não vejo nelas a empolgação necessária para lidar com crianças, disponibilidade para sentar na areia do parquinho e fazer castelinhos, nem de se envolverem com brincadeiras.

Para mim as babás deveriam se divertir com o que fazem, procurar propor brincadeiras e agregar outras crianças nas atividades, observar e agir com criatividade no momento adequado, enfim, gostar realmente de crianças. Até hoje só observei uma babá que brincava e dava atenção as duas crianças que cuidava, mesmo sem a presença dos pais (o que muitas vezes faz com que a babá haja diferente). Antes de conversar com ela, achava que era a mãe deles, pois ao contrário das demais babás, e assim como eu, tinha as qualidades citadas. Mesmo assim, com o passar do tempo vi que a atitude cheia de energia dessa babá foi caindo... Agora, já fica boa parte do tempo na ‘rodinha’ com outras babás.

Sim, encontrar uma babá razoável não é uma tarefa fácil, demora tempo até achar alguém. Eu já não tinha mais tempo... Ia parir.

A primeira babá que contratamos teve, de forma impressionante, muitos problemas de saúde (infecção nos dentes, na garganta, gripe, gripe, gripe), quando não era isso era o ônibus que quebrava, o marido que não deixava trabalhar, ou outro problema pessoal. Não dava mais. Não trabalhou nem um mês conosco. Quando a demitimos tivemos que pagar tudo: décimo terceiro, férias, aviso prévio (pois esquecemos de fazer o contrato de experiência). Uma fortuna...

Partimos para a experiência com uma nova babá. Dessa vez pagamos mais, bem mais, a fim de encontrar alguém mais bem preparado (sem esquecer do contrato de experiência). Tanto com a primeira quanto a segunda babá, vi que havia uma dificuldade ainda maior nessa relação babá-patroa pois eu não estava trabalhando nem iria trabalhar, iria estar por perto sempre. Eu queria passear junto, ver o banho... Mesmo com o barrigão. Precisava de alguém para me ajudar principalmente com o trabalho pesado: carregar João, colocá-lo nos brinquedos, trocar fralda, mas não para tirá-lo da minha presença. Acredito que as babás se incomodavam com isso.

A segunda babá que contratamos chegou até a dar explicitamente ordens contrárias a minha a João. Um exemplo disso foi quando Ceci já estava a alguns dias no mundo. Falei para João, que empurrava de mansinho a porta do quarto: “Vem cá ver sua irmãzinha”. Ele estava indo nos dar um beijo quando a babá apareceu na porta do quarto: “Vem cá João ver o livro”. Falei novamente para João entrar e ver a irmãzinha e a babá falou: “Tchau João, vou embora”. Então ele ficou hesitante em entrar no quarto, olhou pra trás e começou a chorar.

Esse é um exemplo dos muitos joguinhos afetivos que adultos fazem com crianças, e no caso, a nossa babá era especialista nisso. Quando a avisamos que tínhamos uma diarista, pronto, queria passar para essa ou mesmo para mim todo o serviço doméstico relativo as crianças, até lavar o copinho de água e tirar as cascas de banana da bolsa de sair do João que ela mesmo jogava. Eu chamei atenção sobre tais coisas, mas nada adiantou, e o clima só piorava.

Agora contratamos alguém para cuidar da casa de segunda a sábado. João está indo a escola em período integral duas vezes por semana. Nos outros dias eu fico com as crianças e quando preciso peço ajuda. Estou mais cansada fisicamente, porém mais tranquila mentalmente e mais feliz com relação a isso.

Acho que existe algo esquisito com a palavra ‘babá. Parece que é só falar a palavra que surge num imaginário comum (tendo em vista as pessoas que entrevistamos e contratamos) aquela figura da mulher que fica sentada com as crianças na frente da TV, que não tem a iniciativa de realizar nenhum tipo de trabalho doméstico passando a função para outros (no caso para mim ou para a diarista), ou o fazendo de mau grado e mal feito. Lembro que nas ligações e entrevistas que fiz,  algumas mulheres falavam: "É, eu olho criança sim". É, parece que é só olhar mesmo. Não é abaixar, se levantar, andar, correr, limpar...

Me pergunto o que seria essa função de babá? Cuidar de crianças... E o que é cuidar de crianças na perspectiva de babás e de mães? Fico um tanto que perplexa quando ouço babás falando que as crianças que cuidam preferem elas que as próprias mães. Comentam que quando aparecem na casa dos patrões, as crianças vão direto para seus colos e não querem ficar com os pais. Dizem que as mães ficam tristes, mas concordam com essa situação por julgarem ser o ‘melhor’ para seus filhos.

Apesar das experiências não muito felizes que tivemos, reconheço que o auxílio de uma ‘babá’ foi necessário por um período, mas por um período bem curto, não mais que um mês. Depois disso me atrapalhou muito mais que ajudou. Entendo que o cotidiano e estilo de vida de muitas mães sejam diferentes do meu e por isso, precisem de babá por mais tempo. Mas não é meu caso. Estou muito grata em poder estar com meus dois pequenos. Ver os ‘primeiros tudo’ deles: sorrisos, palavras, passos...

Perdão pelo desabafo, mas nem a Mary Poppins serviria para cuidar dos meus filhos. Eu sou a mãe, eu sou a babá, eu sou a Mary Poppins dos meus pequenos. Pode ser que eu seja exigente por demais, e que também minha experiência como professora (de dança e música para diferentes faixas etárias) contribua para minha decepção com atitudes pouco criativas e sedentária da maioria da babás. Além disso tenho super interesse em observar o desenvolvimento dos seres humanos, em especial dos meus filhos, adoro brincar, criar, fazer música, dançar, desenhar, comer, nadar, rir com eles.

Não nego que é bem trabalhoso estar com os dois. Ainda mais agora, com uma recém-nascida que mama o tempo todo e outro que anda, corre, sobe em tudo... e mama. Cuidar desses dois acho até mais difícil que cuidar de gêmeos justamente por estarem em momentos tão diferentes do desenvolvimento (meus filhos tem um ano e dois meses de diferença). Descer para passear com os dois exige planejamento, plano A, plano B, plano C. Outro dia sentei no parquinho e dei mamá para os dois que berravam, em alguns instantes tudo se acalmou... Só parecia ser um E.T. com o olhar de estranhamento que babás e casais me dirigiam.

terça-feira, 14 de maio de 2013

AZUL PARA COMBINAR COM OS OLHOS





Ceci quase sempre está de azul. Roupinhas herdadas do irmão. Também tem branco, verde, marrom, vermelho, amarelo, rosa. São mais confortáveis. São mais práticas. Sem frufru. Já estavam em casa. Pouco usadas. Perfeito. Não existe necessidade de compras e mais compras. Ela também não usa brincos. Pelo menos por enquanto. Então muitos na rua perguntam pelo menininho, ou pelo irmão do João. Digo: “é a Cecília”. Se justificam: “Perdão, é que vi que vestia azul...”. E respondo: “Ela está de azul para combinar com os olhos”.

aiai... sim, os olhos dela são azuis como os do biso...




obs: recomendo uma breve visita nos links abaixo: 

machismochatodecadadia.tumblr.com/post/27033479610/projeto-rosa-e-azul